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Gestão de Resíduos

Como funciona o tratamento de resíduos sólidos no Brasil?

15 de abril de 2024

Esteira transportadora carregada com uma mistura de resíduos sólidos. A esteira é cercada por barreiras amarelas, e o ambiente industrial é iluminado e espaçoso. Um símbolo de sol estilizado, desenhado em amarelo, aparece sobre a imagem.

Materiais orgânicos, recicláveis e rejeitos não são a mesma coisa e, sendo assim, precisam de atenção na hora de serem descartados e, posteriormente, tratados.

Este assunto é tão importante que, aqui no Brasil, já houve aprimoramento na legislação do tratamento dos resíduos sólidos, procurando trazer um melhor destino para esses elementos.

O que são resíduos sólidos e como classificá-los?

Cada grupo de resíduos sólidos precisa de uma atenção especial e distinta de coleta e transporte para evitar a contaminação.

O tratamento de resíduos é uma tarefa complexa que requer uma abordagem detalhada e eficiente, abrangendo desde a geração até a disposição final.

Cada categoria de resíduos necessita de um sistema específico de coleta e tratamento para evitar prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública.

Conheça, a seguir, os principais processos.

Tratamento Biológico

Tratamento Biológico

Os processos biológicos de tratamento de resíduos são uma excelente opção para o tratamento e reciclagem de resíduos orgânicos de cozinhas, jardins e similares.

Nesses processos, a ação digestiva de microrganismos, como bactérias e fungos, e de invertebrados, como minhocas e lesmas, consome a matéria orgânica presente nos resíduos.

Essa transformação acontece sob condições controladas de temperatura, acidez, pressão, umidade e pH, podendo ocorrer em condição anaeróbica (sem oxigênio) ou aeróbica (com oxigênio). Os métodos mais comuns são biodigestão e compostagem.

Na biodigestão, resíduos orgânicos são consumidos por microrganismos em ausência de oxigênio, gerando ao final do processo o biogás e o digestato.

O biogás é uma mistura de metano e gás carbônico e pode ser transformado em energia elétrica ou combustível renovável. O digestato, por sua vez, é rico em nutrientes e pode ser transformado em adubo orgânico.

Já no processo de compostagem, os resíduos orgânicos são consumidos por microrganismos na presença de oxigênio, resultando em um composto orgânico de alto valor para a agricultura orgânica, atuando como um excelente fertilizante de fonte sustentável.

Em ambos os modelos de tratamento os resíduos são inteiramente aproveitados, gerando produtos sustentáveis e reduzindo a quantidade de lixo encaminhado para aterros sanitários.

Biodigestor, equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica por meio da ausência de oxigênio.

Biodigestor, equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica por meio da ausência de oxigênio.

Tratamento Térmico

O processo térmico aproveita a energia em forma de calor para transformar os resíduos, comumente resultando em redução de volume, alterações das propriedades físico-químicas dos materiais e geração de energia.

Esse processo envolve abordagens como pirólise, gaseificação e incineração.

A pirólise, por exemplo, aquece os resíduos na ausência de oxigênio, produzindo gases combustíveis e óleos que podem ser utilizados como combustíveis alternativos. A gaseificação, por sua vez, gera uma quantidade maior de gases combustíveis.

Já a incineração, por fim, envolve a queima controlada de resíduos e resulta na produção de calor, que pode ser convertido em eletricidade.

Geração de Energia

Como citado anteriormente, a partir dos tratamentos biológicos e térmicos é possível gerar energia!

Esses métodos não só ajudam na redução do volume de resíduos, mas também contribuem para a diversificação das fontes de energia renovável, promovendo uma gestão mais eficiente e sustentável dos resíduos.

Você sabia: o aproveitamento energético é considerado uma destinação final ambientalmente adequada, conforme a Política Nacional de Resíduos sólidos (Lei nº 12.305/2010, Art. 3º, VII).

Tratamento Mecânico

Tratamento Mecânico

E, por fim, o tratamento mecânico foca na transformação física dos resíduos, sem intervenções biológicas, químicas ou térmicas.

A técnica envolve abordagens como:

  • Alteração do tamanho das partículas (por meio de britagem ou compactação);
  • Separação da fração física (dividindo os resíduos em categorias);
  • Separação pelas características da substância (removendo itens não desejados);
  • Mistura de substâncias (para homogeneização); e
  • Mudanças de estados físicos (aproveitando processos de evaporação e condensação).

Um exemplo de tratamento mecânico de resíduos ocorre no processo de reciclagem. Nas centrais de triagem, os resíduos sólidos urbanos são separados em diferentes categorias, como plástico, papel, vidro e metal.

Em seguida, esses materiais são enfardados e preparados para serem reciclados. Já nas unidades recicladoras, eles são novamente separados conforme suas características, triturados e processados para se tornarem matérias-primas.

Para que você possa entender melhor, vamos acompanhar o processo de tratamento de um desses resíduos.

O plástico, por exemplo: após a coleta, eles são separados por tipo e cor, triturados em pequenos fragmentos e, posteriormente, lavados e fundidos para a fabricação de novos produtos plásticos.

Em resumo, o tratamento mecânico é essencial para transformar resíduos em matéria-prima para novos produtos, promovendo a reciclagem e a redução do impacto ambiental.

Conheça o tratamento e disposição final de resíduos da Ambiental

Aqui, na Ambiental, garantimos que os resíduos sólidos recebam o cuidado necessário em aterros sanitários modernos e responsáveis.

Os aterros sanitários da Ambiental são sistemas complexos de disposição de resíduos sólidos que seguem rigorosos critérios de engenharia para garantir uma operação segura.

Eles são projetados não só para garantir um confinamento seguro dos resíduos, mas também para minimizar os danos ao nosso planeta e salvaguardar o bem-estar das pessoas, assegurando proteção ambiental e saúde pública.

É importante destacar que o Aterro Sanitário é uma técnica de disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos no solo, como determina a Lei 12.305/2010, Art. 3º, VII.

Além de ser uma solução segura para a disposição de resíduos, os aterros sanitários possuem potencial como tecnologias de tratamento de resíduos sólidos urbanos, pois são capazes de gerar energia.

Um exemplo disso é o aterro sanitário de Itajaí, localizado no bairro Canhanduba, que demonstra como o biogás gerado em aterros pode ser utilizado de forma eficiente e sustentável.

Essa abordagem evidencia como os aterros sanitários da Ambiental lidam com a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos, e os transformam em recursos valiosos para a geração de energia, refletindo nosso compromisso com uma cidade mais limpa e um futuro mais verde.

Saiba mais sobre o serviço de Tratamento e Disposição Final de Resíduos da Ambiental.

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